terça-feira, 1 de junho de 2010

Paisagens





Vou postar aqui algumas fotos que tirei durante minhas viagens intra e interurbanas que fiz durante os dois últimos anos... essas primeiras foram tiradas na cidade de Rio Preto da Eva - AM e na cidade de Manaus - AM.
Fiz um curso de fotografia anterior a essas fotos e apesar de não ter uma máquina fotográfica (nem sequer digital, dessas bem ralé... hihihi) me atrevo a registrar tudo com o meu celular velho de guerra. Espero que gostem!

Ninguém Me Verá Chorar



Este livro chegou-me como que ouvindo a um chamado desta alma que precisava acalmar tantas emoções... Confidenciei que queria ler algo que me fizesse chorar, que me emocionasse ao ponto de aliviar este excesso de emoções que me extrapolava o ser... uma amiga muito querida disse que sabia exatamente do que eu precisava e me trouxe no dia seguinte este livro, com o título um tanto irônico, neste momento, ri ao invés de chorar.
O livro fala de um trágico romance que se inicia num hospício entre um fotógrafo de loucos e uma louca. Esta louca provoca e desperta o fotógrafo de seu estado letárgico, desencantado com sua vida, com os outros e com o mundo.
A louca ao ser fotografada, solta a seguinte pergunta: "O que faz alguém se tornar fotógrafos de loucos?"
Não quero fazer aqui um resumo do livro, pois ele é do tipo imprevisível e é isso que o torna mais interessente ainda, por isso, quero apenas transcrever algumas passagens que se destacaram durante a minha leitura e quem sabe com as de quem buscar lê-lo.
"Se o tivessem amado, saberia que nunca acontece por acaso, ser amado por uma mulher"
"Delirium tremens de um bêbado antes de amaldiçoar a vida pela última vez"
"Uma figura desliza pelas ruas, nos bancos e nas lojas com os movimentos de alguém que não se encaixa completamente na engrenagem da cidade"
"Ela o olha nos olhos, sua vontade é maior que seu medo, sempre será"
"Eu, em pleno exercício da minha razão, suporto grandes coisas e não me falta o grande domínio que devo ter, dada minha situação difícil e a minha maneira exagerada de sentir e ser"
"A guerra nunca termina: o estado de sítio da realidade é eterno"
"Deixem-na aí, deixem-na desatar os últimos fios da tarde e viver sem consequência ao vento; deêm-lhe tempo para guardar seu nome, espaço para tentar respirar de novo"
Espero que tenham a oportunidade de ler este livro, que é da Cristina Rivera Garza, mexicana, nascida em 1964, pesquisadora da história de seu país, acaba inspirando-se com os diversos fatos e casos que se depera durante suas pesquisas. Assim surgi uma escritora ficcional de "mão cheia".

Deixa quieto!

Não quero esquecer das minhas dores, nem poderia, pois já são parte do meu ser em formação.
Só não vou ficar recordando-as...

domingo, 2 de maio de 2010

AMIGA SARTREANA

Mais uma colherada de vida
De um sabor doce que derrete
Vai misturando com a saliva
Em meio a conversa que me aquece

Mais noite avistada
De um sorriso que esconde
Foi jogando com a rotina
Com seus amigos vai longe

Me pediu para esquecer...
Me pediu para não contar...
Agora, me pede para escrever

Mas, ela não gosta de rima
Não quer "frescura", nem floreio
Ela não pensa em ser fina
Muito menos em dinheiro
Estar ao seu lado é estressante
Sempre que diz: "-Eu seu é punk!"

Parou de colorir os cabelos
Já que em sua tela não cabiam espelhos
Passou a pintar a sua parede
Seu quarto tem outras formas e cores
Em seus pés os mesmos sapatos vermelhos
Vão deixando um novo rastro de flores

Me pediu para ter cuidado
Me pediu que ficasse ao teu lado
E me disse confusas verdades
Para aprendermos do que é feita a amizade.

PARTÍCULAS

Ah! Esta nebulosa gerada...
Esse todo que me forma...
Sendo apenas uma partícula.
É tão bom estar viva!

Agora amortizando o envelhecer
Aprendeste as repostas
Do que não se atreve a perguntar
Uma leitura dos blefes cotidianos

Está sobrando alma
Caindo pedaços de emoção
Pisados... chutados... inúteis...
Retalhos perdidos
Pontos de costura inacabados
Partículas... coloridas...

Histórias de diferentes estampas
Cobrem o coração
Trapos velhos e bregas
Ficam escondidos das visitas

Mas, se olhar a composição
Perca-se entre tantas cores
Queira ficar...
Fique à vontade para ver.

Pedaços em constante chegada
No ideal de tornar-se inteiro
Imperceptíveis linhas puídas
Vazios incômodos... ou não...

Dessincronizados movimentos
Tirando... acrescentando...
Um giro no caleidoscópio
Mudando tudo do mesmo
Partículas... coloridas... VIDAS!

sábado, 10 de abril de 2010

Preciso expressar...


Sentimento estranho de desconfiar
Despedaçada existência de se calar
Já não posso gritar meus versos
E as folhas brancas, amareladas serão
Não as deixe vazias, sem expressão
Páginas soltas... esquecidas...
Ausência da alma e uma vida em vão.

Declarada


Eu gosto de você!
Pode sentir isso? Acredita nisso? Quer isso?
Gosto muito de você... Quero saber quem é, e, quantas histórias pode contar, tantas outras teimará em esconder, ouvir teus planos, tuas viagens...
E falar também, e muito... Sobre minhas paixões, minhas dores, meus sonhos...
Ver como você me faz ficar no chão e como eu gosto de te apontar o céu.
Será que você também se confunde quando me olha?... As coisas já não são tão lógicas assim...
Com você ou sem você... Os dias vão passar, vou cantar e sorrir, trabalhar e envelhecer, vou me apaixonar, mas não sou boa em pensar no que virá... Sou boa em discutir o agora, porque envolve o que foi e o que será... Tento decifrar o que sinto para depois traduzir o que for possível fazer o outro entender...
Nada disso convence? Tudo bem... Não sou boa em convencer também... Sou boa mesmo é de sentir a matéria e a alma... Só que meus sentimentos não se revelam bem para quem está de fora... Afinal, pode sentir isso?